Baixe o manual técnico da laje pré-moldada: detalhes essenciais, especificações e instruções para garantir uma instalação segura e eficiente.
1- DESCARGA/ARMAZENAMENTO
As vigas acima de 3.00 metros deverão ser transportadas por dois operários.
Para que não ocorram alterações na soldabilidade das peças de EPS, causadas pela variação climática, as lajotas EPS devem ser protegidas da chuva, do vento e do sol.
2- DISTRIBUIÇÃO DAS LAJES/MONTAGEM
Antes de distribuir as vigas, verificar se as paredes estão niveladas ao distribuir as vigas colocar inicialmente um tipo de cada lado até acertar as posições definidas de cada viga. Sempre começar a montagem da laje com a lajota apoiando na parede ou viga armada, evitando que falte viga no final do vão.
Ao iniciar a montagem com a lajota de EPS (próximo de parede/viga), a lajota deve ser bem encaixada nas vigotas. É preciso conferir os encaixes nas pontas e também no meio da vigota, isso evitará que o EPS desça com a concretagem.
Não corte o EPS sobre a laje, os pedaços que sobram podem cair nas formas das vigas e dos pilares.
Recomenda-se não pisar sobre o EPS menor que 120mm. Use uma tábua como passarela, apoiada sobre as vigotas, para fazer a montagem da laje.
Não deixe espaço entre as lajotas para que não ocorra perda de nata de cimento na concretagem.
Instalação da tubulação elétrica, caixas de passagens. Na maioria das vezes a tubulação de elétrica a ser usada são os eletrodutos rígidos.
- Quando há um encontro entre lajota e parede, a mesma pode ficar diretamente sobre a parede e a outra parte sobre a vigota.
Economize tempo, material e dinheiro, obedecendo fielmente as instruções do projeto de montagem que é fornecido pelo seu fabricante de laje, onde será indicado: a altura, largura e comprimento ideal do EPS, as particularidades sobre o escoramento, distância entre as escoras que devido ao baixo peso especifico do EPS permitem um escoramento mais espaçado e altura e resistência do concreto de capa após concretagem da laje.
Vale lembrar que uma montagem bem feita é garantia de uma laje segura, prevenindo acidentes com funcionários e deformações na laje.
3- ESCORAMENTOS
Na fase de escoramentos é uma das etapas mais importantes na execução de sua laje pré-moldada. Deve ser feito antes da colocação das vigotas, apoiando em base firme sobre escoras. Escorar todos os vão, com intervalos definidos em projeto, com uma travessa de madeira em espelho e pontalete mais alta que o nível do respaldo. Utilize pedaços de tábua para uma melhor distribuição no solo ou preferencialmente fazer piso grosso antes de montagem da laje.
Execução do escoramento, que em caso de vão menores ou iguais a 3,40 m deve utilizar uma linha de escoras, quando o vão é superior a 3,40 m até 5,00 m utiliza-se duas ou mais linhas de escoras. Essas são compostas por pontaletes e “guias mestres”, que são tábuas colocadas em espelho. Não podemos esquecer das contra flechas quando necessárias.
Nunca deixar vão a partir de 1,30m sem linhas de escora ou seguir de acordo com projeto. Distribua as vigas de cada vão de acordo com o tamanho e o sentido indicado na planta de montagem. É necessário que estas vigas apoiem no mínimo 5cm sobre a paredes, inicie a montagem com o elemento intermediário (cerâmico ou EPS) junto as extremidades e prossiga, colocando uma viga a cada intervalo. Esteja atento para não deixar folgas e mantenha a distribuição no esquadro.
Atenção: Para não caminhar diretamente sobre a lajotas, utilize tábuas para transitar sobre a lajes até a concretagem. Nunca apoie o tijolo totalmente na cinta ou na parede, para não impedir que o concreto desça para fazer devidas ligações.
4- CONTRA – FECHA
É utilizada como recurso para compensar as consequências indesejáveis das deformações devido à ação das cargas nas lajes. Deve ser aplicada na fase de execução do escoramento de acordo com o projeto de montagem da laje.
Dimensionamento simplificado de contra flechas
Para vão livre de:
- 2,5 m a 3,95 m usa-se uma contra flecha de 1 cm,
- 4,0 m a 4,95 m usa-se uma contra flecha de 1,5 cm,
- 5,0 m a 5,95 m usa-se uma contra flecha de 2 cm,
- 6,0 m a 7,95 m usa-se uma contra flecha de 2,5 cm,
- 8,0 m a 10,0 m usa-se uma contra flecha de 3 cm,
- 10,0 m a 12,0 m usa-se uma contra flecha de 3,5 cm.
5- FERRAGEM DE DISTRIBUIÇÃO
Deve ser utilizada em todas as lajes. A ferragem dever ser distribuída no sentido transversal das vigotas como ferro na bitola 4,2 mm espaçadas no máximo a cada 25 cm ou 5.0 mm espaçadas no máximo a cada 30 cm. OBS.: Usar no mínimo de 3 barras por M².
Esta armadura é importante, pois evita o fissuramento de concreto. Na laje convencional recomenda-se usar a cada 30 cm no sentido transversal e 1,0 m no sentido da viga, ou seguir de acordo com o projeto.
6- NERVURA DE TRAVAMENTO
Para assegurar maior estabilidade na sua laje e reduzir o efeito das deformações é necessário à execução de nervuras transversais sempre que haja cargas concentradas a distribuir, ou seja, paredes transversais sobre a laje, ou quando o vão for superior a 4m, exigindo-se duas nervuras se o vão ultrapassar a 6,0m.
7- CARGAS CONCENTRADAS
Nunca coloque parede sobre a laje sem previas definições. Quando houver cargas concentradas nas lajes (parede sobre laje), deverá ser utilizadas nervuras de travamentos quando a parede for no sentido transversal da laje. e quando for no sentido da laje utilizar vigas paralelas conforme a figura ao lado. além desses recursos à laje deverá ser reforçada para resistir esses carregamentos adicionais.
8- NEGATIVOS
Para resistir a momentos negativos, adicionar no topo das vigotas, ferros negativos no apoio da laje em alvenaria ou viga armada. Usar o ferro 1/5 o tamanho do vão.
9- BALANÇO
Para combater os momentos fletores negativos, tração superior nos balanços deverá ser utilizada ferragem negativa para os balanços. Assegurar que a ferragem seja bem posicionada, devendo ficar a 1 (um) cm da superfície da capa de concreto. O comprimento do aço deve ser 3 (três) vezes o comprimento do balanço.
10- Eletricidade
Colocar os condutores e caixas logo após a colocação das lajes, antes de concretagem.
Use um estilete, serrote, cegueta ou soprador térmico para cortar o EPS. Observe nos desenhos abaixo que a forma correta de passar as tubulações hidráulicas e elétricas é atravessando as nervuras e o EPS no sentido transversal.
Essa medida proporciona a estrutura da laje uma melhor resistência, pois não afeta o concreto de capa, diferentemente do tijolo cerâmico onde as tubulações correm por cima das lajotas causando danos a resistência final do concreto de capeamento.
11– CONCRETAGEM
O concreto deve ser especificado por seu engenheiro calculista ou seu fabricante de laje para evitar que, ao espalhar, ele venha a criar bolhas e não fique uniforme entre as vigas.
Lance o concreto a uma altura máxima de 15cm, pois um jato lançado de superior altura pode quebrar a lajota em EPS.
Para lajotas com espessura menor que 90mm, o correto é espalhá-lo aos poucos e uniformemente. Nunca se deve despejar a massa de concretagem num só lugar, nem mesmo sobre tábua ou madeirite, o que certamente causaria danos às lajotas de EPS, vigas treliçadas e escoramento.
É necessário andar durante a montagem e concretagem sobre tábuas. Nunca pise diretamente no tijolo/EPS. Molhar bastante a laje antes do lançamento do concreto para evitar que as peças absorvam a água do concreto. Nunca acumular concreto em um só local da laje, pra não criar carga concentrada na laje.
Espalhe bem o concreto preenchendo todos os espaços vazio, principalmente nos encontros entre as vigas e lajotas garantindo a solidez do conjunto. Após o capeamento realizado, molhe bem a laje durante cinco dias efetuando assim, a cura do concreto. Sendo que nos dois primeiros dias, molhar em intervalos menores, porque é a parte mais crítica da cura. É importante destacar que só dever ser retirado o escoramento no mínimo após 18 dias da concretagem. Retirar o escoramento do centro para as extremidades.